Ontem tive o privilégio (obrigada Sérgio, Daniela e Cristiano ) de partilhar um bocado da tarde e noite com o Vincent Moon, na Galeria Zé dos Bois.
Conversei um bocadinho com o Vincent enquanto lhe fiz uns retratos. Ouvi-o a falar durante o jantar e noite com uma atenção fora do normal. Estive quase sempre calada. O gajo é faz tudo com sofreguidão que é inspiradora.
Eu, no meu modo muito tosco de fazer as coisas, tento o mesmo. Essa sofreguidão, essa vontade de estar presente, de partilhar com toda a gente aquilo que me entra pelos ouvidos, pelos olhos adentro. Tenho esta ferramenta que são as máquinas fotográficas. Mas acima de tudo tenho as memórias e as pessoas que me vão ficando. O Vincent fez-me pensar que estou a fazer qq coisa bem. E, acima de tudo, que há uma imensidão de mundo para fazer algo melhor ainda.
li algures que um fotógrafo, a partir do momento em que mete um rolo na máquina, tem o dever de partilhar. Eu não sei fazer de outra maneira e o Vincent leva isso a um nível de super homem.
deixo-vos o retrato do Tiago Sousa, com quem passei ontem a tarde toda. Fizemos de músico-fotógrafo, fotógrafo-assistente, amigos-à-chuva-a-convesar.. E acima de tudo, deixo-vos o retrato que fiz ao Tiago, porque foi com ele que comecei a fotografar isto tudo. Foi ele que trouxe até mim aqueles que me motivaram a pegar numa máquina e a acompanhar com toda a energia a música e as pessoas que me entusiasmam.
No próximo dia 15 de Março o Tiago vai tocar numa Capela ali para os lados da Lapa. Estejam atentos.
Entretanto tem uma edição online com umas gravações lindíssimas.
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